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Da Lua em voo solo


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Adriana Vianna

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Gustavo Da Lua há 10 anos é percussionista da Nação Zumbi, que desde os anos 90, quando foi criada por Chico Science, é uma das maiores bandas ainda em atividade no Brasil. Também já tocou ao lado de Otto, Los Sebosos Postizos, 3namassa e outros nomes importantes da música brasileira. Neste mês o músico lançou seu CD solo, que recebeu o nome de RADIANTESUINGABRUTOAMORum hino ao sexo feminino, com temática romântica e em defesa do amor. "Uma lição de anatomia", segundo o escritor e jornalista Xico Sá.

São 13 faixas com melodias e arranjos bem marcados que permitem ao ouvinte mergulhar na sonoridade do músico, que exprime sua identidade artística em cada uma delas. A canção "O Transeunte", produzida por Fernando Catatau (do Cidadão Instigado), ainda faz parte da trilha sonora do filme Transeunte, dirigido por Eryk Rocha. 

O show de lançamento está marcado para esta sexta-feira, dia 25 de outubro, em São Paulo. 

Ele contou para a Trip um pouco mais sobre o álbum.

Trip. Quando surgiu a vontade de criar algo que fosse exclusivamente seu?
Gustavo Da Lua Ah, já faz bastante tempo, desde quando criei o Sheik Tosado, em 1996, com o China e os meninos. Eu tocava percussão, ajudava nas composições e fazia os backing vocais. Aí entrei na Nação Zumbi e, tocando com eles, nos projetos deles, Seu Jorge & Almaz e outros, algumas oportunidades foram surgindo: fiz um tema pro filme Besouro, a Céu gravou Quilombo te espera no Sonantes, gravei uns backings no disco do Otto, do Lirinha... Enfim, a vontade foi ficando cada vez mais forte em mim. Depois o Catatau chegou com "O Transeunte", um presente dos deuses. Agora tá aí, nasceu a criança. [risos]

Como é a experiência de lançar um trabalho solo depois de dez anos acompanhando a Nação Zumbi e o que muda quando se está sozinho? Rapaz, é uma experiência nova e está sendo massa. Pra mim, que sempre toquei em banda, fazer o meu foi uma evolução pessoal, íntima. Tive que estudar, fui tocar violão, ler outras coisas, me “trancar” no estúdio bastante tempo.

Como soa, para você, falar sobre o amor hoje em dia? O amor é inspiração, não pode ficar escondido, nem ter subterfúgios, nem ser entendido, estudado. Então também não precisa de rótulos – já que todo mundo tem medo de parecer isso ou aquilo quando ama ou fala de amor. Sem essa, sem cerimônia. Eu tento falar de um jeito espontâneo, querendo dizer que é simples, não precisa fazer força.


"Meu disco fala desse amor; pelo lugar, pela origem, pela mulher, pela saudade"


O Manguebeat influencia bastante no RADIANTESUINGABRUTOAMOR? Ah, influencia muito, sem dúvida. Sou de Olinda e vi os caras botando a cultura do meu Estado no mundo, contextualizada. Meu disco fala desse amor; pelo lugar, pela origem, pela mulher, pela saudade.

A faixa O Transeunte, que é produzida pelo Catatau, é trilha sonora principal do filme de Eryk Rocha. Ela foi criada para o filme ou a ideia surgiu depois? O Catatau assina a trilha do filme; ele compôs a música e me convidou para cantar. Aí, meu irmão, quando eu ouvi, fiquei muito, muito instigado a cantar as minhas coisas. Ele me incentivou muito, foi um dos caras que me deu o pontapé inicial.

Vai lá: Gustavo Da Lua - Lançamento RADIANTESUINGABRUTOAMOR
Quando? 25 de outubro, sexta-feira, à 1h (abertura da casa às 23h)
Onde? Da LEoni (antigo Studio SP) - Rua Augusta, 591 - São Paulo
Quanto? R$30 ou R$60 (consumação)

Ouça e faça download pelo site: www.gustavodalua.com


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